...Serelepices...
Em chamas...
A dúvida que antes corroía lentamente se transformou em certeza... certeza que queima e consome... sonhos graciosos foram esfacelados...
Tudo ficou sombrio.
Tudo ficou sombrio.
A ave sonhadora tão colorida e bela agora é dilacerada pelas labaredas ardentes que a envolvem... criadas por fogueiras por ela acesa para aquecer... as acendeu perto de mais...
A única luz nas trevas é a que a destrói... sua plumagem já não existe... sua pele é dissolvida pelo calor... seus órgãos evaporam vagarosamente... seus sentidos se esvaem.
A única luz nas trevas é a que a destrói... sua plumagem já não existe... sua pele é dissolvida pelo calor... seus órgãos evaporam vagarosamente... seus sentidos se esvaem.
Nem todas as lágrimas que brotam dos seus olhos perdidos e sem brilho diminuem o fogo insaciável...
Nada pode ser feito, apenas esperar que as chamas a devorem.
Nada pode ser feito, apenas esperar que as chamas a devorem.
Não há força para voar, cantar ou deslumbrar.
Com as poucas forças que ainda restam, vai o mais longe que pode e lá, aguarda em silêncio o consumo total de seu corpo, de sua alma...e o seu retorno às cinzas... ao pó...
tic tac...
Quando acaba o mal
A angústia
O amargor na língua
A trava na garganta
A maceração da alma?
Quando acaba
A falta de apetite
De ânimo
De sorriso aberto
De brilho no olhar?
Quando acaba a dor
Que tira o foco de tudo
Não deixa sentir nada
Além do dilacerar constante,
agudo e sangrento?
Quando acaba? Não sei dizer.
Sei apenas que deve acabar
Antes que acabe comigo
E com todo o colorido que um dia
Eu pude mostrar.
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